Saturday, July 31, 2004

Um sábado qualquer

Ainda estou me organizando por aqui e tem um absurdo de coisas para eu fazer. Acabo passando uma boa parte do dia no trabalho, primeiro por estar sozinho aqui, segundo para aproveitar a conexão de rede. Se bem que a do hotel é boa também, mas o ambiente do trabalho é incrivelmente mais agradável do que o hotel.

Então comecei o dia bem cedo com a idéia de ir para o trabalho. Ontem a Jenn me emprestou o "building card" dela (o crachá que é usado para abrir as portas do prédio de noite e fim-de-semana) enquanto o meu não fica pronto. Curioso é que aqui não tem portaria no prédio. Tem segurança no "condomínio", mas não tem portaria. É só crachá e câmera.

Muitas vezes eu quis que em São Paulo fosse assim, especialmente quando eu morava na Rua Bruxelas e chegava "tarde" - digamos, meia-noite - e o "vigia noturno" estava dormindo. O engraçado é que não tinha como acordá-lo. Buzina, acelerar o carro, descer do carro e tocar a campainha do portão (que toca o interfone do lado dele). Nada. O condomínio é mais caro para pagar um sujeito para dormir na portaria.

Também tem o famigerado vigia do prédio do Kal. O apelido do vigia é "chupa-cabra". Uma vez descemos (eu, Rodrigo, Eric) do escritório do Kal depois de uma Lan Party lá pelas 6 AM. O sujeito dormia atrás do balcão. Chamamos e nada. Gritamos e nada. Encostamos nele e nada. Enfim, resolvi abrir a porta. Passei para o lado de dentro do balcão, apertei o botão de abrir a porta. O Chupa-cabra ainda dormia. Saímos todos. O último encostou a porta com um clique. O Chupa-cabra acordou como que por mágica - ficou gritando conosco detrás da porta perguntando como é que tínhamos saído.

Voltando para a Florida, no caminho para o trabalho acabei mudando de idéia e tentei ir até a praia no sábado de manhã para ver se é difícil. Moleza. Em 20 minutos estava lá. Não tive problema para estacionar (e é verão). Mas mal desci do carro - quis só ver se funcionava. Ainda tenho um absurdo de coisas para arrumar aqui e acabei indo para o trabalho.

Na verdade, a primeira coisa que eu precisava fazer era mandar uns recibos pela DHL para São Paulo. Fui no trabalho, peguei os recibos, imprimi o mapa no Streets and Trips, e fui pra rua. Apanhei um pouco para achar a entrada da DHL - a loja que estava aberta de sábado fica num anexo do aeroporto internacional de Fort Lauderdale e a entrada não é trivial - passa-se por baixo de uma highway (a 595).

Depois fui fazer uma romaria de pequenas compras, as coisas que não quis trazer - fui no Winn-Dixie (fiz até meu cartão de fidelidade para pegar uns descontos) e comprei shampoo e condicionador. Não tinha trazido, contando com o do hotel e tentando evitar um desastroso derramamento na mala, mas o do hotel é (honestamente) muito vagabundo, até mesmo pra mim que não sou disso. Aproveitei para pegar água e consultar o preço da Pringles. Juro que não comprei, apesar de estar US$ 1.08. No Pão de Açúcar (Brasil) a Pringles custa quase R$ 9,00, que dá US$ 3,00.

Fui na CompUsa e comprei também um headset para falar com o pessoal do Brasil, mas ninguém conseguiu falar comigo hoje. Consegui falar com o Edson Komatsu, que está aqui em Tampa, mas também não deu para escutá-lo, porque o microfone dele não funcionava.

Enfim... espero que alguém consiga usar o headset comigo - vai economizar um bocado de telefone.

Amanhã vou mudar daqui do hotel para meu novo endereço - St. Andrews at Palm Aire. É bastante perto daqui, mas aparentemente o apartamento é maior e mais bacana. O chato é que o check-out do hotel é meio-dia e o check-in no apartamento (que é a 5 minutos do hotel) é 4 PM. Ou seja, vou ter que ficar com as malas no carro todo esse tempo e passar a tarde no trabalho. Belo fim-de-semana o meu primeiro fim-de-semana por aqui.

Mas muitos outros virão...

O divertido de morar aqui na Florida é ver placas como essa apontando para longe da orla: Hurricane Evacuation Route.

No comments: